sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

O poder de conversar

"Como é que uma simples conversa pode fazer tanta diferença? A resposta é que não pode, se você acreditar que o mundo é totalmente governado pelas forças avassaladoras da economia e da política, que o conflito é a essência da vida, que o ser humano é fundamentalmente um animal e que a história não passa de uma luta constante pela sobrevivência e pela dominação. Neste caso, realmente não se pode mudar muita coisa. Tudo o que se pode fazer é trocar algumas palavras com a finalidade de nos distrairmos ou nos divertirmos um pouco.
Mas eu vejo o mundo de outro modo. Para mim, ele se constitui de indivíduos que estão sempre em busca de parceiros, de amantes, de um guru, até mesmo de Deus. Os acontecimentos mais importantes e transformadores da vida são os encontros entre esses indivíduos. Há gente que se decepciona, desiste de procurar e se torna cínica. Mas há muitas outras pessoas que continuam a procurar novos encontros."
CONVERSAÇÃO
Theodore Zeldin (Record, 1998)

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

1984 - 2007

A palavra da novilíngua que Orwell esqueceu de citar:
Evolução x (Poluição + Ecologia) = ECOLUIÇÃO

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Apenas começamos

E nossa história não estará
Pelo avesso assim
Sem final feliz
Teremos coisas bonitas pra contar

E até lá
Vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos
O mundo começa agora

Apenas começamos...

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

ELLEN PARR

"...a cura para o tédio é a curiosidade. Não existe cura para a curiosidade".

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Entendimentos...

... e a cada dia eu entendo melhor os sofrimentos de Tântalo e de Sísifo.
Até que momento é racional continuar vivendo em absurdo; se a vida precisa do Caos para ser interessante, para não ser rotina, a imagem de um futuro certo e irreparável destrói qualquer vontade de viver!
É assim que eu retorno às minhas sombras, ao meu passado, às minhas origens... e a vontade de sair dessa vida é imensurável! Sísifo foi libertado ou ele se destruiu? Não lembro... e Tântalo, ainda está preso no poço? A diferença entre a tragédia deles e a minha é que não sou deus, sou apenas grego; é a única diferença pois somos todos culpados pela punição que recebemos - e eu sofro a pena de ambos!
Não sou quem eu gostaria de ser, a imagem que eu prezo está se arruinando. Sem sol e vento por hoje. Será um dia frio.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Pedaços

...e é isso; São Paulo está caindo aos pedaços!
Quem foi mesmo que disse? - Isso é loucura! Uma coisa desse tamanho jamais sairá do chão!!! - Pois é, sair até que não é o problema... difícil é voltar pro chão!

Agora imagine você, no seu carrinho, no busão, andando na chuva... daí aquele som característico de ar cortado, potencialmente maior que o normal, você olha pra cima e vê o super-homem?? Não!, um avião mesmo, enorme, atravessando a rua... e isso me faz pensar naquela piada, livremente adaptada - por que o avião atravessou a rua?, a pergunta que não vai calar nessa CPI...
Surreal! O avião passa voando baixo, barulhento e você não consegue desgrudar os olhos, quase como se cantasse "I can't take my eyes of you...", o avião some "logo ali", muito perto, mesmo!... e logo, logo vira uma bola de fogo!

bom, muita gente não vai conseguir voltar pra casa nessa noite, mas sejamos relativistas: será bom para os hotéis!!!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Armando Nascimento de Jesus

(vulgo Montando Presépio)

quinta-feira, 21 de junho de 2007

THE BEST & THE WORST (clawfinger)

18 years since I saw you the first time and I'm still here right next to you.
We've had our ups and our fair share of downs that we've both been through;
you know I've done wrong but I've tried to be strong and give in to you,
if that's what it takes to make everything work out then that's what I'll do
to get through to you

The best and the worst, the last and the first
The love of my life is a blessing and a curse

I don't believe that there's more to achieve in this love affair (and I don't care)
and I can't just swallow my pride and pretend I'm prepaired to be there.
If you can't trust me there's no guarentee that I won't disappear!
I'm so sick of these mindgames, it's time to confront all of our greatest fears & just be sincere...

Every word that I've said has been straight from my heart & ya know that's true
Every road that I've walked down somehow always leads me right back to you
If push comes to shove and I'm forced to fight there's nothing that I won't do
Come sunshine! Come rain! Come pleasure! Come pain! Half of me belongs to you and I depend on you...

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Números

Somos reconhecidos por números
número do RG,
número do cartão de crédito...
número do celular, número da casa,
placa do carro.
Não preciso de tanto para citar que sou apenas o número tal, entre milhões de números tais.
Quero MUITO mais que isso! Quero ser A Larissa Souza...e não apenas o número 35.571 (...)

(só pra não falarem que eu nunca apareço por aqui...)

segunda-feira, 4 de junho de 2007

SELF-PORTRAIT

...do tipo que escreve notas de sucídio, despedindo-se ou apenas se justificando; que escreve cartas de repúdio tanto para particulares quanto para estereótipos, às vezes até para si mesmo; que canta revolta com letras próprias e com letras apropriadas; cartas de despedida, nas quais sempre diz que um dia voltarão a se encontrar e que jamais se esquecerá dela; elogios e lembranças; cartas anônimas contra multinacionais; bilhetes com sugestões e reclamações, dessas que se deposita em caixinhas esquecidas de lado em balcões de atendimento.
Do tipo que escreve seu diário na esperança de que aquilo um dia seja lido com interesse por alguém que amou e que sente sua falta. Escreve críticas e comentários despreocupados sobre os livros e músicas que consome. Ele escreve sempre e tudo o que pensa. Ele sabe que ninguém lerá, por isso não publica não mostra não guarda. Ele escreve com o olhar, a expressão dos músculos do rosto, com um gesto ou uma palavra a esmo, sem querer escrever e não pára em momento algum de produzir essa vida. Divide em capítulos, partes, livros, e faz a obra tão extensa que ninguém se anima a começar a leitura. Cada um está preocupado com a própria vida e não pode perder tempo lendo sobre o outro.
As pessoas falam de si pois sabem que talvez seja a única forma de ser percebido - invadindo os ouvidos de todos ao redor. Ele também sabe disso, e escreve! Alguém lerá. Alguém ainda perceberá o que estava entre as letras, entre as linhas, escondido, desesperado por um olhar mais atento, compreensivo. Esse alguém entenderá suas memórias, mesmo que para ele mesmo tudo tenha sido vago.
Toda compreensão é póstuma à realidade assimilada. Ele escreve e guarda para si. Sua vida não terá sido em vão, existe alguém que saberá ler o que não foi publicado. Alguem que escreva em seu lugar, acreditando em sua vida, coisa nem ele mesmo fez. Ele vive. Ele escreve. Ele morrerá e será lido. Nem sempre nessa ordem. Mas há uma ordem. Imperativo e organização.
Há um sentido em viver. Tem que haver!

sábado, 2 de junho de 2007

Aquela sensação...

Você, em algum momento, já teve essa sensação - de que tudo saiu errado!? Eu, sim. Não digo que me pegou de surpresa, já que era de se esperar, vindo de mim. Ainda assim assim é frustrante! Você está em seu vazio e decide se preencher com algo. Você toma a iniciativa e começa bem. Sim, tudo vai bem, obrigado. Dá o melhor de si, motiva-se, inova, produz! Faz o que pode para dar certo... mas logo se vê no meio de uma devastadora rotina, vê que perdeu o ânimo, vê que não tem mais razão para continuar aquilo; e o pior: os outros percebem que você está pensando isso.
Já sentiu que tudo dava errado? Você foi alegre, foi inspirador, foi admirado, e mesmo assim, não saiu como queria. Eu sei como é. Você se sente um lixo quando isso acontece, estou errado? (E isso tem acontecido com freqüência). Essa sensação é acompanhada, geralmente, por uma ou duas outras. Depende de pra qual lado pende tua balança. E ela vai pender, pode apostar! "Sou incapaz" & "Preciso fazer algo". Precisa, mas sabe que não vai conseguir. Você é bom, é muito bom em duas ou três coisas. Mas justamente neste momento você não está fazendo nenhuma delas. Está fazendo outras coisas, diferentes. Você não nasceu para isso, sabe disso. Sim, as pessoas nascem para alguma coisa - tem que ter um motivo pra tanta gente estar respirando o mesmo ar que nós. Você queria desenvolver suas habilidades naquilo que você já domina e por um porquê qualquer, não fará isso tão cedo!
É uma vontade de desaparecer, sumir, ser abduzido, retirar-se para meditar... algo precisa ser feito. Morrer é definitivo demais e não estamos prontos para esse tipo de compromisso. Talvez se fôssemos mais espertos. Dizem que todo mundo tem potencial! Meditar. Afastar-se de toda a humanidade, como um verdadeiro misantropo, como eu, e chegar às suas próprias conclusões.
Muitas boas idéias sairiam desse retiro, mas o que faria com elas depois que voltasse ao mundo dos vivos? Navegar é preciso. Está pronto para jogar tudo para cima, mesmo que tudo venha a cair na sua cabeça?
Vamos tentar em doses homeopáticas.

terça-feira, 1 de maio de 2007

VIRADA CULTURAL 2007

A Prefeitura de São Paulo confirmou nesta terça-feira (10) a realização da 3ª Virada Cultural de São Paulo para os dias 5 e 6 de maio. Serão 24 horas ininterruptas de arte e cultura, com música para todos os gostos. Serão cinco palcos montados em pontos estratégicos do Centro da Cidade, todos tradicionais pontos de encontro para manifestações culturais. Também haverá apresentações artísticas em ruas e praças centrais, e em diversos bairros de São Paulo.
Vão ocorrer eventos nos 26 Centros de Educação Unificada (CEUs). Ao todo serão 350 apresentações em 65 locais diferentes espalhados pela Cidade.
Da abertura, no dia 5, às 18h, com show de Alceu Valença na Praça da Sé, ao encerramento, às 18h do dia 6, com apresentação de Zélia Duncan no Boulevard São João, a Virada Cultural deverá atrair 150 mil turistas para a Capital, além do público que vive na Cidade e já prestigiou as duas edições realizadas em 2005 e 2006.

***

Agora, saibam em quais multidões estarei durante a Virada!

20h-22h Teatro mágico (boulevard são joao)

22h-0h (descansando em algum barzinho)

0h-3h joão bosco (teatro municipal)

3h30-5h teatro da diversidade (praça da república)

5h-6h (descansando em algum barzinho)

6h-8h A Mafia (boulevard são joao)

8h-10h Karnak (boulevard são joao)

10h-12h Pato fu (boulevard são joao)

12h-14h Premê (boulevard são joao)

14h-16 Lingua de Trapo (boulevard são joao)

16h-18h (descansando em algum barzinho)

18h Zelia Duncan (boulevard são joao)

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Você não soube me amar (Blitz)

Todo mundo dizia que a gente se parecia, cheio de tal coisa e coisa e tal. E realmente a gente era, a gente era um casal, um casal sensacional.
Você não soube me amar. Você não soube me amar.
Você não soube me amar. Você não soube me amar
No começo tudo era lindo. Tudo divino era maravilhoso. Até debaixo d'água nosso amor era mais gostoso, mas de repente a gente enlouqueceu. Eu dizia que era ela. Ela dizia que era eu.
Você não soube me amar. Você não soube me amar.
Você não soube me amar. Você não soube me amar.
Amor que que'cê tem? Cê ta tão nervoso. Nada nada nada nada nada nada
Foi besteira usar essa tática, dessa maneira assim dramática (Eu tava nervoso). O nosso amor era uma orquestra sinfônica (Eu sei), e o nosso beijo uma bomba atômica.
Você não soube me amar. Você não soube me amar.
Você não soube me amar

É foi isso que ela me disse.
Oh! baby não!

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Brasa (Gabriel, o pensador)

Um poeta já falou, vendo o homem e seu caminho: "o lar do passarinho é o ar, e não o ninho". E eu voei... Eu passei um tempo fora, eu passei um tempo longe. Não importa quanto tempo, não importa onde. Num lugar mais frio, ou mais quente de repente, onde a gente é esquisita, um lugar diferente. Outra língua, outra cultura, outra moeda. É, a vida é dura mas eu sou duro na queda. Se me derrubar... eu me levanto, e fui aos trancos e barrancos, trampo atrás de trampo, trabalhando pra pagar a pensão e superar a tensão do pesadelo da imigração. Clandestino, imigrante, maltrapilho. Mais um subdesenvolvido que escolheu o exílio, procurando a sua chance de fazer algum dinheiro, no primeiro mundo com saudade do terceiro. Família, amigos, meus velhos, meu mano - o meu pequeno mundo em segundo plano. Eu forcei alguns sorrisos e algumas amizades. Passei um tempo mal, morrendo de saudade. Eu tô morrendo de saudade, tô morrendo de saudade... Da beleza poluída, da favela iluminada, do tempero da comida, do som da batucada. Da cultura, da mistura, da estrutura precária. Da farofa, do pãozinho e da loucura diária. Do churrasco de domingo, o rateio e o fiado, a criança ali dormindo, o coroa aposentado. Eu tô morrendo de saudade, morrendo de saudade... Da mulata oferecida, do pagode malfeito, de torcer na arquibancada pro meu time do peito. A pelada sagrada com a rapaziada, o sorriso desdentado na rodinha de piada. Da malandragem, da nossa malícia, da batida de limão, da gelada - que delícia! Eu tô morrendo de saudade, tô morrendo de saudade... Do jornal lá na banca, da notícia pra ler, das garotas dos programas da TV. Do jeitinho, do improviso, da bagunça geral. Do calor humano, do fundo de quintal. Do clima, da rima, da festa feita à toa - típica mania de levar tudo na boa - do contato, do mato, do cheiro e da cor. E do nosso jeito de fazer amor.

Agora eu sou poeta, vendo o homem a caminhar: o lar do passarinho é o ninho, e não o ar. E eu voltei. E eu passei um tempo bem, depois do meu retorno. Eu e minha gente, coração mais quente, refeição no forno. Água no feijão, tô na área, bichinho. Se me derrubar... eu não tô mais sozinho. Tô de volta sim senhor. Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor. Mas o amor é cego. Devo admitir, devo e não nego, que aos poucos fui caindo na real, vendo como o Brasa tava em brasa, tava mal. Vendo a minha terra assim em guerra, o meu país... não dá, não dá pra ser feliz. E bate uma revolta, e bate uma deprê. E bate a frustração, e bate o coração pra não morrer. Mas bate assim cabreiro. Bate no escuro, sem esperança no futuro, bate o desespero. Bate inseguro, no terceiro mundo, se for, com saudade do primeiro. Os velhos, os filhos, os manos - ninguém aqui em casa tem direito a fazer planos. Eu forcei alguns sorrisos e lágrimas risonhas. Passei um tempo mal, morrendo de vergonha. Eu tô morrendo de vergonha, morrendo de vergonha... Da beleza poluída, da favela iluminada, da falta de comida pra quem não tem nada. Da postura, da usura, da tortura diária. Da cela especial, da estrutura carcerária. A chacina de domingo, o rateio e o fiado, a criança ali pedindo, o coroa acorrentado. Eu tô morrendo de vergonha, morrendo de vergonha... Da mulata oferecida, do pagode malfeito. Morrer na arquibancada pro meu time do peito. O salário suado que não serve pra nada, o sorriso desdentado na rodinha de piada. Da malandragem, da nossa milícia, da batida da PM, porrada da polícia. Eu tô morrendo de vergonha, tô morrendo de vergonha... Do jornal lá na banca, da notícia pra ler, das garotas de programa dos programas da TV. Do jeitinho, do improviso, da bagunça geral, do sorriso mentiroso na campanha eleitoral. Do clima de festa, da festa feita à toa - ridícula mania de levar tudo na boa - do contato, do mato, do cheiro da carniça. E do nosso, jeito de fazer justiça.

Mas eu vou ficar no Brasa porque o Brasa é minha casa, casa do meu coração. Mas eu vou ficar no Brasa porque o Brasa é minha casa e a minha casa só precisa de uma boa arrumação. Muita água e sabão. Ensaboa, meu irmão. Não se suja, não. Indignação. Manifestação. Mais informação. Conscientização. Comunicação. Com toda razão. Participação. No voto e na pressão. Reivindicação. Reformulação. Água e sabão na nossa nação. Água e sabão, tá na nossa mão. Tô morrendo de paixão, tô morrendo de paixão...

216 horas de isolamento

Já que todo mundo tem que passar por isso uma vez na vida, não pude evitar. Adiei bastante, mas tive que me entregar à catapora.
Enxaquecas fortes, febres, e depois de dois dias, as bolinhas na pele! Coceira, talco mentolado, todo o repertório clássico.
Esse é o pano de fundo para as 216 horas de "descanso", filmes, música, sudoku e livros.
Coisa que percebi: quando dizem uma coisa sobre um filme, positiva ou negativa, estão exagerando! Pega como exemplo o 300. Não vou me demorar em análises, mas o filme não é tudo que dizem. Eu achei chato e não veria novamente. O das Tartarugas Ninja não é tão ruim. Fui tão intensamente preparado para algo detestável, esperava algo muito pior... A Família do Futuro, realmente, os novos Jetsons! Muito engraçada a cena do sapo cantor sob o controle do chapéu maligno!!! Motoqueiro Fantasma: sen-sa-cio-nal!! Pra um personagem quase esquecido no tempo, uma história que raros conheciam e tanta informação dos quadrinhos a ser inserida, ficou fantástico! Estava louco para ver a primeira transformação do motoqueiro. Fascinante!
Obrigado por fumar, como se classifica um filme desses? Comédia dramática? Acho que ainda não rotularam os filmes que te fazem pensar de verdade... Vale muito a pena! Eragon, ótimo para o público do Harry Potter e do Senhor dos Anéis. Fraco! Uma noite no museu, interessante, mas mediano, nada de genial. Happy Feet, sim, é bacana!!! Assistam! Eu sou do tipo que se emociona com discursos sobre a Humanidade, sobre nossa evolução, sobre nossa capacidade de sobrevivência, enfim, um romântico cientista. Aquela cena do bibliotecário segurando a bíblia de gutemberg no filme O dia depois de amanhã, aquilo foi demais pra mim... não aguentei a emoção!
Doom - a porta do inferno, dos vários filmes neste estilo (missão de resgate e confronto com formas de vida alienígena em marte), este é o caso para dizer: se um dia você jogou o Doom no PC ou no PS, assista o filme! Outro filme com tudo para ser clichê e surpreende: Os Caçadores de Mente. Eles estão em treinamento, isolados numa ilha onde aconteceu um crime fictício para resolverem. Logo eles percebem que aquilo não tem nada de smulação e as mortes são muito reais. Já viram esse filme antes, né? Mas a diferença fundamental é: eles são do FBI! (eu sei, eu sei... mas eu gostei do filme).
007 - Cassino Royale, a primeira missão do agente, a primeira impressão que fica: o cara já se fodia a valer e sempre tava pronto pra próxima desde o começo da carreira. Não dá nem pra reclamar. A seqüência da perseguição a pé pela cidade é beeem legal!! Vejamos... Ah! Eu me recuso a falar sobre o Jogos Mortais III.
E eu cada vez mais viciado em Sudoku!

segunda-feira, 16 de abril de 2007

MINOTAURO



O que ele não pode cheirar, ele ouve.
O que ele não pode ouvir, ele sente.
O que ele não pode sentir, ele vê.
O que ele vê, já está morto!


O labirinto é sua mente. Enfrente seus monstros e descubra a saída.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

A NOVA CAVERNA PLATÔNICA

INUTILIDADE
Ele identificou a identidade da cidade
com peculiar naturalidade, quase à vontade,
e concluiu que aquela realidade
era cruel com ela, a humanidade.
Ele aprendeu a ver a pura maldade
e viu que aquilo já tinha idade.
Há tanto tempo, desigualdade.
Como é possível tanta vaidade?
Dinheiro, carro, mulher bonita.
Se perguntava: será isso vida?
Quem tem, passeia; quem não, mendiga
– na contramão de toda avenida.
Desesperados fazendo fila
por uma esmola
por uma escolha
por uma folha
por uma alma...
E a Justiça perdendo a calma.
Cresce a revolta. Chega o momento.
Vai sem escolta. Seu pensamento
era um só: Eu viro vida ou viro pó.
Declara guerra contra a maré!
Punhos cerrados, a voz, a fé.
Agora um líder surgiu nas ruas.
As putas riem nas noites nuas.
Corre o boato - dias contados!
Só um coitado, nem vai armado.
A qualquer hora um carro à toda,
a ironia se fazendo boba.
Era a censura calando a boca.
A voz que fala agora é louca.
A dentadura dando risada.
Ninguém sabia da sua morte.
Mais um fulano que não deu sorte.
Cada ferida cada corte,
e o seu sangue não fez efeito, nada mudou.
Raiva em seu peito.
Jamais se soube sua verdade.
Lutar não era dignidade.
(Harrison Bourguignon)

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Porco vs Leão

Meu fiel e belo Porco (não o chamem de porquinho, a menos que queiram sentir sua ira).
Até outubro ele precisa estar beeem gordo!!!

Coluna Vertebral

Houve a época quando os amigos sonhavam montar um jornal. A discussão sobre qual seria o nome e a ideologia que traríamos nele, a essência dos textos com os quais cada um contribuiria... Tudo isso fez parte. Eu, por meu lado, seria responsável pela Coluna Vertebral - não que fosse ela a sustentação do periódico, mas apenas pelo trocadilho e pela antropomorfia.
Houve a época quando eu escrevia compulsivamente. Contos e crônicas, literatura ou quase isso, meu limite era curto e não me permitia passar de poucas páginas. Talvez nunca conseguisse dissertar longamente sobre apenas um assunto. Na metade do primeiro já várias outras vontades me assaltavam. Era preciso terminar logo e começar as outras.
A Coluna Vertebral, como mais tarde fiquei sabendo, já existia. Se publicasse seria um plágio inconsciente. Consolei-me duma forma ou de outra. Ninguém soube ao certo como, ou talvez não tenha me abatido tanto; tantas outras vezes tive idéias 'originais' e logo descubro já terem pensado aquilo antes de mim. Pretobrás, Itamar! Pretobrás!...
Cada um teria sua coluna definida, além das contribuições gerais. Minha vontade era escrever sobre a natureza humana, sobre o comportamento desses eutueles. Eu queria que todos lessem minhas opiniões sobre essa coluna supostamente ereta, tão arrogante, mas curvada pelo comodismo e cansaço. Jamais seríamos Homo Erectus. A verdade era uma: influenciado por Dawkins, Hawking, Rand, Sagan e alguns existencialistas, eu queria falar sobre o que eu penso da Humanidade e suas características ridículas e instigantes.
O jornal nunca existiu e muitos dos meus textos foram perdidos no tempo. Apenas algumas lembranças de assuntos. Um deles eu recordei há poucos dias. Era MULHER É SEXY, HOMEM É SEXO. Assunto mais manjado que bunda de índio, mas sempre gostei de dar o Meu pitaco...
Acontece que depois de muito enrolar na moita, surgiu um jornal. Oficial, municipal, uma chance única, mas não era bem o que pretendíamos. Ficou lá um grande Amigo, hoje editor-chefe da publicação. Outra característica da Humanidade: o funilamento, muitos querem e poucos conseguem.
Ficam as saudades da época quando eu escrevia sem contar pra ninguém o que estava fazendo. A Coluna Vertebral será sempre a válvula de escape para minha indignação com a estupidez humana.

sexta-feira, 30 de março de 2007

Inatingível pelos meus desejos ardentes que carecem do teu ser.
A minha chama interna e meus lampejos.
Ânsia feroz de muito te querer.

Longe de ti estou a contragosto.
Quisera ter-te em meus braços agora para não mais deixar que vás embora.

Eugene Debs

"Enquanto houver uma classe inferior, pertenço a ela; enquanto houver um elemento criminoso, sou parte dele; enquanto houver uma alma na prisão, não sou livre."

quinta-feira, 29 de março de 2007

What is mana mana? The question is: who cares???

Acho que eu sou o único estúpido que ainda não tinha se ligado que o refrão da "Made in Japan", do Pato Fu, é cópia do "Mana Mana", do Muppets...

São coisas assim que me fazem querer viver: a consciência de que só no futuro ficarei sabendo do presente-passado.

Sapato 36... ou melhor, 41

Eu calço é 37
Meu pai me dá 36
Dói, mas no dia seguinte
Aperto meu pé outra vez
Eu aperto meu pé outra vez

Pai eu já tô crescidinho
Pague prá ver, que eu aposto
Vou escolher meu sapato
E andar do jeito que eu gosto
E andar do jeito que eu gosto

Por que cargas d'águas
Você acha que tem o direito
De afogar tudo aquilo que eu
Sinto em meu peito
Você só vai ter o respeito que quer
Na realidade
No dia em que você souber respeitar
A minha vontade
Meu pai
Meu pai

Pai já tô indo-me embora
Quero partir sem brigar
Pois eu já escolhi meu sapato
Que não vai mais me apertar
Que não vai mais me apertar
Que não vai mais me apertar

Por que cargas d'águas
Você acha que tem o direito
De afogar tudo aquilo que eu
Sinto em meu peito
Você só vai ter o respeito que quer
Na realidade
No dia em que você souber respeitar
A minha vontade
Meu pai
Meu pai

Pai já tô indo-me embora
Eu quero partir sem brigar
Já escolhi meu sapato
Que não vai mais me apertar (Êêêê)
Que não vai mais me apertar (Aaaa)
Que não vai mais me apertar (Êêêê)

sábado, 24 de março de 2007

O Abraço

Ando com vontade de sentir frio... quando percebi isso, parei pra pensar que talvez seja saudade do calor do abraço de minha Mulher, daí a vontade de estar agasalhado e aquecido... estou com saudades dela.
Será que falta muito pra São Paulo invernar?

sexta-feira, 9 de março de 2007

Você está sendo filmado!

Matem o Saddam! Matem o Bin Laden! Matem Hitler! Matem Fernandinho Beiramar! Matem o Bush! Matem o Chacal! Matem o óvulo! Matem o feto! Matem o bebê! Matem a criança! Matem o trombadinha! Matem o pai de família e também o ladrão de galinha! Matem o velho! Matem o Fulano de Tal! Matem a Xica da Silva! Matem o filho da puta! Se restar uma bala, matem a puta também! Matem o rio! Matem a planta! Matem o planeta! Matai-vos uns aos outros como eu vos matei!
...
E depois de matar tudo, o que vem depois? O que vai mudar?
Uma coisa é certa: de nada adianta tirar a vida de um ser humano pelo que ele representa. Não acredito em assassinato. A única mudança virá do fim de alguns conceitos sob os quais vivemos. Uma pessoa é um rosto, uma voz que transporta uma idéia, e esta já não precisa de nós. Vive por conta própria. O capitalismo é assim. O fanatismo islâmico é assim. Morram seus representantes; surgem outros tão eficientes quanto. Um projétil é inofensivo contra idéias. Contra elas, só mesmo o choque estético. Só a revolução ideológica. Talvez o Terrorismo Poético... Então que a pólvora saia das balas e se transforme em shows de formas e cores faiscantes no céu! Preparar, apontar... Fogos de artifício contra o céu!, sendo a eterna nuvem de fumaça-poluição o símbolo da podridão da nossa sociedade e tudo o que devemos corrigir.
...
-Todos estão olhando para você.
Não faça nada fora do normal. Não cometa erros. Seja Perfeito! Não Seja! Se for, que seja no escuro, bem escondido, pois há câmeras em todos os cômodos e cobrindo todos os ângulos. Eles também podem te ver no escuro e através das paredes. Então não faça nada que eles considerem errado, ok? Sorria.
Vamos combinar uma coisa: eu não conto o que eu sei sobre você, e você age como se não soubesse do que estou falando. Vantagem total sua! Apenas lucros... Só não esqueça que eu vou querer sua alma mais tarde.
Eu sei que você é ateu e não tem alma. Mas me refiro a isso que você chama de vida. Seus motores, suas razões, suas vontades. Seu ânimo! Farei de você mais um depressivo viciado em Prozac. Seu melhor amigo será o analista. Confie em tudo que ele diz. Ele repetirá tudo o que você já sabe; mas você quer ouvir de outro pra ter certeza, não é? Então confie nele.
...
Não adiantou matar os outros? Não adiantou tentar mudar o mundo? Não adiantou o $tempo$ perdido com o analista? Então se mata. Morre logo, ninguém vai sentir sua falta. Talvez duas ou três pessoas, e ainda assim por poucos anos. Depois que elas morrerem, ninguém vai se lembrar de você. Você será um fantasma das estatísticas. Um número. Já parou pra pensar que ao morrer a nossa geração, ou talvez a próxima - a dessas pessoas que estão nascendo desde o ano 2000 -, depois de nós, não haverá pessoa viva que tenha conhecido alguém, ou mesmo Alguém que tenha vivido coisas como Segunda Guerra Mundial? Mas talvez eu esteja me referindo a algo que já é muito distante. Já está até nos livros de História na seção dos "antigamente era assim"...
Enfim, você fez alguma coisa Realmente importante? Mudou a história da Humanidade? Descobriu a cura do câncer? Não? Da AIDS? Não, também? Poxa... não prestou nem pra resolver o problema da fome das populações marginais!? Aposto que você fuma e come no Mc Donald's.
...
Não fez nada produtivo, nada relevante, nada inesquecível. Nem mesmo plantou uma árvore ou escreveu a porra dum livro idiota, um best-seller; não teve competência pra encontrar uma mãe pros teus filhos. O mínimo: o clichê árvore-livro-filho! Mas, não... você fez nada de útil. Então pra quê você está vivendo!? Qual é a sua grande missão, hein? Tá só ajudando a rodar a engrenagem... Não chega nem a ser um tijolo, é um grão de areia na argamassa do muro! Tá só ocupando espaço, atrapalhando quem quer viver melhor...
...
Não, também não é por aí... você se matar também não vai mudar nada. Pra cada um que morre nascem dez. Não faz diferença morrer; então fica aí, vivo! Você não faz diferença nem vivo nem morto. Nem você nem ninguém. A maioria só existe pra azucrinar o planeta; pra mijar no rio; pra escrever um bilhete durante a aula - usando uma árvore onde moravam centenas de insetos e algumas aves que eram felizes no canto delas, mas você teve que ir lá cutucar; pra dizer palavrão e ouvir música rebolando; pra vestir um carro e consumir dezenas de dinossauros a vários quilômetros por hora...
...
Nem vivo nem morto. Nem eu nem você. Estamos presos nesse dilema!
A vida é uma grande piada cujo motivo de graça somos nós.
Difícil é saber quem está rindo!

Efeito Difuso

- Admito ter sido meio cínico... - ou irônico; nunca sei se sou cínico, irônico, sarcástico ou hipócrita. Quê sou?
- Nem sei, se você não sabe...
- Tem razão, mas achei que de fora a vista fosse mais nítida.
- Acho que não.
- Bem, claro que depende da distância. De muito perto ou de muito longe só se vê uma massa verde.
- Verde?
- Foi a imagem que me ocorreu. A de uma floresta. Muito próximo, só se vê a superfície de uma folha. Muito distante, a copa das árvores indistintas.
...

terça-feira, 6 de março de 2007

Sabatika

O mundo precisa de mais gênios!
Atualmente, somos muito poucos...

quinta-feira, 1 de março de 2007

Único e problemático

Coisa que reparei há anos, ou pra ser mais exato talvez, quando aprendi a escrever.
Acontece que desde sempre meu nome foi um caso sério. Harrison Bourguignon. Quase uma oração, né? Tivesse verbo... Problema que me antecede, vindo já do finado avô paterno. No registro dele, o nome consta corretamente; porém, em sua homenagem (chic, ou não?) duas ruas foram renomeadas, em cidades diferentes. Seu nome era João Bourguignon. A primeira rua é João Bordignon. A segunda é João Bordinhão. Deprimente, né? Bendito serviço público!
Apesar de tudo, ele ainda tinha nome simples. Minha história toma já outro rumo. A grafia correta do meu nome seria Harrison Bourguignon, mas em registro consta Harrinson Borguignon. N a mais, U a menos. Quem dera parasse aí o equívoco. Desde então meu nome já foi Árrinson, Edson, Ériton, Erisson, Rériton... não entendo esse T no lugar do S - nem no teclado nem na boca as letras estão próximas.
Mas até aí vá lá... Duro é quando chega o sobrenome, que nem teve tantas variantes, já que poucos arriscam uma pronúncia. Engraçado que nem é um nome tão diferente assim. Nome inglês, sobrenome francês. Idiomas próximos de nós. Fosse japonês, russo, eslavo... Talvez dito uma vez Irina Slutskaya ou Pietr Kravcenko, escrevam corretamente ou repitam sem titubear. Mas Harrison Bourguignon é complicado. Talvez estivesse fadado a ser visto assim. Alguém "complicado". Já mãe e pai são simples. Bueno e Ribeiro.
Á última que ouvi foi Dourguignon. B por D. Pronunciados são próximos. Agora se ditos naquele alfabeto Avião, Bola, Casa, Dado, Elefante, Faca..., não se parecem nada! Bola e Dado... a menos que a incompetente que me preencheu o formulário acreditasse ter ouvido Dólar, e não Bola. Daí me vem correspondência em nome de Harrison Dourguignon. Dou risada.
Realmente, cada um ouve o que quer.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

V/V/V/.BELLY-BELLY.COM/MANTRA

ARMAZÉM
ARMA ZEN
ARMAZÉM
ARMAZENE
ARMA ZEN
ARMAZÉM
ARMAZENE
ARMAS EM
ARMAZÉM
ARMA SEM
ARMA ZEN
ARMAZÉM

Uma definição que convém repetir em público.

Histórias verídicas, venéricas, oníricas, bêbadas,
poéticas, simbólicas, homéricas, antiéticas e outras proparoxítonas em geral...
(as ingênuas ficarão de fora, por dois motivos: por incerteza do número de sílabas após a tônica e por não serem ingênuas)

CAUSOS E ACONTECIMENTOS

Seis meses depois, sim, e ainda estou vivo!
Descobri como funciona o batimento cardíaco em função de um verbo intransitivo e até do mundo virtual e de meus leitores me esqueci - não que alguém fosse me faltar, mas valha a ilusão!
D'último ao d'este, vejamos: Saraiva Mega Center Norte; cursos e concursos; amplexos e aplausos; saliva e suor; risos cobras e lagartos; ciúmes e entregas; tempestes e temperos; downloads e downtowns; itálicos, negritos, sublinhados, rascunhos, publicados e outros tipos humanos; parquinhos invertidos, cidades de açucar, bienais, palcos de asfalto; tva, speedy, computador, mudança, nada, speedy, quase, cabo, algo...
Outro dia... aos poucos, todos.