sexta-feira, 30 de março de 2007

Inatingível pelos meus desejos ardentes que carecem do teu ser.
A minha chama interna e meus lampejos.
Ânsia feroz de muito te querer.

Longe de ti estou a contragosto.
Quisera ter-te em meus braços agora para não mais deixar que vás embora.

Eugene Debs

"Enquanto houver uma classe inferior, pertenço a ela; enquanto houver um elemento criminoso, sou parte dele; enquanto houver uma alma na prisão, não sou livre."

quinta-feira, 29 de março de 2007

What is mana mana? The question is: who cares???

Acho que eu sou o único estúpido que ainda não tinha se ligado que o refrão da "Made in Japan", do Pato Fu, é cópia do "Mana Mana", do Muppets...

São coisas assim que me fazem querer viver: a consciência de que só no futuro ficarei sabendo do presente-passado.

Sapato 36... ou melhor, 41

Eu calço é 37
Meu pai me dá 36
Dói, mas no dia seguinte
Aperto meu pé outra vez
Eu aperto meu pé outra vez

Pai eu já tô crescidinho
Pague prá ver, que eu aposto
Vou escolher meu sapato
E andar do jeito que eu gosto
E andar do jeito que eu gosto

Por que cargas d'águas
Você acha que tem o direito
De afogar tudo aquilo que eu
Sinto em meu peito
Você só vai ter o respeito que quer
Na realidade
No dia em que você souber respeitar
A minha vontade
Meu pai
Meu pai

Pai já tô indo-me embora
Quero partir sem brigar
Pois eu já escolhi meu sapato
Que não vai mais me apertar
Que não vai mais me apertar
Que não vai mais me apertar

Por que cargas d'águas
Você acha que tem o direito
De afogar tudo aquilo que eu
Sinto em meu peito
Você só vai ter o respeito que quer
Na realidade
No dia em que você souber respeitar
A minha vontade
Meu pai
Meu pai

Pai já tô indo-me embora
Eu quero partir sem brigar
Já escolhi meu sapato
Que não vai mais me apertar (Êêêê)
Que não vai mais me apertar (Aaaa)
Que não vai mais me apertar (Êêêê)

sábado, 24 de março de 2007

O Abraço

Ando com vontade de sentir frio... quando percebi isso, parei pra pensar que talvez seja saudade do calor do abraço de minha Mulher, daí a vontade de estar agasalhado e aquecido... estou com saudades dela.
Será que falta muito pra São Paulo invernar?

sexta-feira, 9 de março de 2007

Você está sendo filmado!

Matem o Saddam! Matem o Bin Laden! Matem Hitler! Matem Fernandinho Beiramar! Matem o Bush! Matem o Chacal! Matem o óvulo! Matem o feto! Matem o bebê! Matem a criança! Matem o trombadinha! Matem o pai de família e também o ladrão de galinha! Matem o velho! Matem o Fulano de Tal! Matem a Xica da Silva! Matem o filho da puta! Se restar uma bala, matem a puta também! Matem o rio! Matem a planta! Matem o planeta! Matai-vos uns aos outros como eu vos matei!
...
E depois de matar tudo, o que vem depois? O que vai mudar?
Uma coisa é certa: de nada adianta tirar a vida de um ser humano pelo que ele representa. Não acredito em assassinato. A única mudança virá do fim de alguns conceitos sob os quais vivemos. Uma pessoa é um rosto, uma voz que transporta uma idéia, e esta já não precisa de nós. Vive por conta própria. O capitalismo é assim. O fanatismo islâmico é assim. Morram seus representantes; surgem outros tão eficientes quanto. Um projétil é inofensivo contra idéias. Contra elas, só mesmo o choque estético. Só a revolução ideológica. Talvez o Terrorismo Poético... Então que a pólvora saia das balas e se transforme em shows de formas e cores faiscantes no céu! Preparar, apontar... Fogos de artifício contra o céu!, sendo a eterna nuvem de fumaça-poluição o símbolo da podridão da nossa sociedade e tudo o que devemos corrigir.
...
-Todos estão olhando para você.
Não faça nada fora do normal. Não cometa erros. Seja Perfeito! Não Seja! Se for, que seja no escuro, bem escondido, pois há câmeras em todos os cômodos e cobrindo todos os ângulos. Eles também podem te ver no escuro e através das paredes. Então não faça nada que eles considerem errado, ok? Sorria.
Vamos combinar uma coisa: eu não conto o que eu sei sobre você, e você age como se não soubesse do que estou falando. Vantagem total sua! Apenas lucros... Só não esqueça que eu vou querer sua alma mais tarde.
Eu sei que você é ateu e não tem alma. Mas me refiro a isso que você chama de vida. Seus motores, suas razões, suas vontades. Seu ânimo! Farei de você mais um depressivo viciado em Prozac. Seu melhor amigo será o analista. Confie em tudo que ele diz. Ele repetirá tudo o que você já sabe; mas você quer ouvir de outro pra ter certeza, não é? Então confie nele.
...
Não adiantou matar os outros? Não adiantou tentar mudar o mundo? Não adiantou o $tempo$ perdido com o analista? Então se mata. Morre logo, ninguém vai sentir sua falta. Talvez duas ou três pessoas, e ainda assim por poucos anos. Depois que elas morrerem, ninguém vai se lembrar de você. Você será um fantasma das estatísticas. Um número. Já parou pra pensar que ao morrer a nossa geração, ou talvez a próxima - a dessas pessoas que estão nascendo desde o ano 2000 -, depois de nós, não haverá pessoa viva que tenha conhecido alguém, ou mesmo Alguém que tenha vivido coisas como Segunda Guerra Mundial? Mas talvez eu esteja me referindo a algo que já é muito distante. Já está até nos livros de História na seção dos "antigamente era assim"...
Enfim, você fez alguma coisa Realmente importante? Mudou a história da Humanidade? Descobriu a cura do câncer? Não? Da AIDS? Não, também? Poxa... não prestou nem pra resolver o problema da fome das populações marginais!? Aposto que você fuma e come no Mc Donald's.
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Não fez nada produtivo, nada relevante, nada inesquecível. Nem mesmo plantou uma árvore ou escreveu a porra dum livro idiota, um best-seller; não teve competência pra encontrar uma mãe pros teus filhos. O mínimo: o clichê árvore-livro-filho! Mas, não... você fez nada de útil. Então pra quê você está vivendo!? Qual é a sua grande missão, hein? Tá só ajudando a rodar a engrenagem... Não chega nem a ser um tijolo, é um grão de areia na argamassa do muro! Tá só ocupando espaço, atrapalhando quem quer viver melhor...
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Não, também não é por aí... você se matar também não vai mudar nada. Pra cada um que morre nascem dez. Não faz diferença morrer; então fica aí, vivo! Você não faz diferença nem vivo nem morto. Nem você nem ninguém. A maioria só existe pra azucrinar o planeta; pra mijar no rio; pra escrever um bilhete durante a aula - usando uma árvore onde moravam centenas de insetos e algumas aves que eram felizes no canto delas, mas você teve que ir lá cutucar; pra dizer palavrão e ouvir música rebolando; pra vestir um carro e consumir dezenas de dinossauros a vários quilômetros por hora...
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Nem vivo nem morto. Nem eu nem você. Estamos presos nesse dilema!
A vida é uma grande piada cujo motivo de graça somos nós.
Difícil é saber quem está rindo!

Efeito Difuso

- Admito ter sido meio cínico... - ou irônico; nunca sei se sou cínico, irônico, sarcástico ou hipócrita. Quê sou?
- Nem sei, se você não sabe...
- Tem razão, mas achei que de fora a vista fosse mais nítida.
- Acho que não.
- Bem, claro que depende da distância. De muito perto ou de muito longe só se vê uma massa verde.
- Verde?
- Foi a imagem que me ocorreu. A de uma floresta. Muito próximo, só se vê a superfície de uma folha. Muito distante, a copa das árvores indistintas.
...

terça-feira, 6 de março de 2007

Sabatika

O mundo precisa de mais gênios!
Atualmente, somos muito poucos...

quinta-feira, 1 de março de 2007

Único e problemático

Coisa que reparei há anos, ou pra ser mais exato talvez, quando aprendi a escrever.
Acontece que desde sempre meu nome foi um caso sério. Harrison Bourguignon. Quase uma oração, né? Tivesse verbo... Problema que me antecede, vindo já do finado avô paterno. No registro dele, o nome consta corretamente; porém, em sua homenagem (chic, ou não?) duas ruas foram renomeadas, em cidades diferentes. Seu nome era João Bourguignon. A primeira rua é João Bordignon. A segunda é João Bordinhão. Deprimente, né? Bendito serviço público!
Apesar de tudo, ele ainda tinha nome simples. Minha história toma já outro rumo. A grafia correta do meu nome seria Harrison Bourguignon, mas em registro consta Harrinson Borguignon. N a mais, U a menos. Quem dera parasse aí o equívoco. Desde então meu nome já foi Árrinson, Edson, Ériton, Erisson, Rériton... não entendo esse T no lugar do S - nem no teclado nem na boca as letras estão próximas.
Mas até aí vá lá... Duro é quando chega o sobrenome, que nem teve tantas variantes, já que poucos arriscam uma pronúncia. Engraçado que nem é um nome tão diferente assim. Nome inglês, sobrenome francês. Idiomas próximos de nós. Fosse japonês, russo, eslavo... Talvez dito uma vez Irina Slutskaya ou Pietr Kravcenko, escrevam corretamente ou repitam sem titubear. Mas Harrison Bourguignon é complicado. Talvez estivesse fadado a ser visto assim. Alguém "complicado". Já mãe e pai são simples. Bueno e Ribeiro.
Á última que ouvi foi Dourguignon. B por D. Pronunciados são próximos. Agora se ditos naquele alfabeto Avião, Bola, Casa, Dado, Elefante, Faca..., não se parecem nada! Bola e Dado... a menos que a incompetente que me preencheu o formulário acreditasse ter ouvido Dólar, e não Bola. Daí me vem correspondência em nome de Harrison Dourguignon. Dou risada.
Realmente, cada um ouve o que quer.