quinta-feira, 27 de abril de 2006


# RÁDIO ANTENA #

- Posso me apresentar-me, Madame Senhorita?
- A moça... tá acompanhada! Agora, se nos dá licença...
- ... precisava mentir, Luís??
"
Por não aprender a comprar durante o dia, sofro o preço
da noite
."
Dmitry Tepes

quinta-feira, 13 de abril de 2006

NÃO MATARÁS!, A MENOS QUE...

Às vezes, matar pode?

Pessoalmente, creio que qualquer discussão sobre a ética da eutanásia voluntária deva considerar a seguinte questão: quando pode ser certo matar um ser humano inocente?; e a visão de que isso nunca será certo ganha os mais fortes argumentos das doutrinas religiosas que clamam que apenas os humanos são a imagem de Deus, ou que apenas os humanos têm alma imortal, ou que Deus nos tenha dado o domínio sobre os animais (o que significa que podemos matá-los quando quisermos?) e reservado a si mesmo o domínio sobre os seres humanos. Rejeite essas idéias, e fica difícil pensar em qualquer argumento moral relevante que separe seres humanos com graves e irreversíveis danos cerebrais, ou outra incapacidade intelectual maior, de animais não-humanos num nível mental semelhante.
Por quê motivos o fato de um indivíduo ser membro de nossa espécie, isso, torna pior matá-lo do que é matar um membro de outras espécies, se ambos os indivíduos tiverem habilidades intelectuais similares, ou pior, se o não-humano tiver habilidades ainda superiores?
Então, vamos começar de novo, sem os preconceitos impostos pelos ensinamentos milenares das religiões, e perguntar: o que faz ser errado matar um ser? Uma possível resposta é: qualquer bem que a vida esteja a reservar para qualquer indivíduo, matar acaba com isso. Se a felicidade é um bem, como hedonistas clássicos defendem, então matar é mau, porque quando alguém está morto, já não é mais feliz. Ou se for a satisfação dos desejos o bem, outros diriam que matar é mau porque, quando a pessoa morre, seus desejos não podem mais ser satisfeitos. E essas idéias delimitam a si mesmas. Primeiro, se o futuro do sujeito lhe reservasse mais elementos negativos que positivos (p.ex.: mais tristeza que alegria, mais desconforto que satisfação) então temos aí uma razão para que a morte seja preferida à vida. Isso é relevante, claro, para a questão da eutanásia. Mas quem pode decidir quando a vida de alguém contém mais características positivas ou negativas?

Sabemos que as pessoas são, em última hipótese, os melhores juízes e protetores de seus próprios interesses. Então nós estamos lidando com seres que são capazes de receber uma informação, refletir e escolher! Portanto, aqui está o ponto onde a habilidade intelectual é relevante. Se os indivíduos são capazes de fazer escolhas, nós deveríamos permitir que cada um decidisse quando ou não suas vidas valem a pena serem vividas. Se não forem capazes de fazer tais escolhas, então alguém deve tomar a decisão por eles.

Na ocasião deste texto, gostaria de me focalizar apenas na eutanásia voluntária e no suicídio assistido, e não me entregar a detalhes referentes a decisões de vida e morte daqueles que não são capazes de escolher. De qualquer forma, na falta de escolha, a decisão deve sempre ser ‘pela vida’ (assim como aqueles que queriam que Terri Schiavo continuasse viva pareciam acreditar). Vale questionar se eles realmente preferem perseverar no uso de toda e qualquer razão e meio para viver e prolongar essa vida até o último minuto possível. Muito poucos realmente querem isso, mesmo para si mesmos ou para aqueles que amam. Por outro lado, permitir que uma vida termine mais cedo do que deveria, essas atitudes de ‘defesa da vida’ estão, efetivamente, decidindo por aqueles que não podem escolher, e eles estão decidindo contra a vida, não a favor dela!
Se uma pessoa com as capacidades de julgamento chegar à conclusão que seu futuro é tão terrível que seria melhor morrer que continuar vivendo, o senso comum contra sua morte é invertido ao oposto, concedendo uma razão para aceitar o pedido da pessoa.

Outras questões coerentes seriam: como devemos tratar de alguém cujo cérebro esteja morto, mas cujo corpo esteja ainda quente e respirando? Um feto é o tipo de ser que devemos nos esforçar para preservar? Se for, esses esforços devem independer de seus custos? Devemos apenas ignorar que ele viva e possa ser salvo com os recursos médicos devidos? Ou fazer valer os esforços para preservar o feto somente quanto estiver claro que os pais o desejam? Ou os esforços devem valer simplesmente porque o feto tem o direito de viver?

Se o caráter único, enquanto material genético e, conseqüentemente, potencialidade de vida, de um embrião humano for motivo suficiente para tornar errado destruí-lo, então não há motivo aparente que não permita retirar seu material genético e destruir o corpo do feto, pois que seu potencial genético único seria preservado. Por esse raciocínio, uma mulher que engravidar inesperadamente poderia realizar um aborto, desde que preservasse ao menos uma célula-tronco do feto para garantir a preservação do potencial genético. Isso acabaria com a opinião daqueles que dizem que aquele ser poderia se tornar o próximo Beethoven ou Einstein. De qualquer forma, por qual motivo uma mãe escolheria retomar a vida de um filho a partir de uma célula, apenas por ser um material genético único, ao invés de escolher métodos convencionais e gerar outro bebê?

Talvez a discussão sobre aborto e eutanásia deva considerar alguns elementos básicos, por exemplo: - reconhecer que o valor da vida humana varia; - assumir a responsabilidade pelas conseqüências de nossas decisões (objetivando o cuidado pela vida); - respeitar o desejo de uma pessoa de viver ou morrer; - trazer crianças ao mundo apenas quando elas forem desejadas; e por último, não discriminar as espécies.

Como cães e gatos?

Alguém um dia já ouviu um cachorro latir "au au"??? Que coisa absurda! Cães não latem "au au"... Onomatopéia ridícula... é assim que ouvimos os cães, então? Fiquei pensando nisso agora, como será que eles nos ouvem??? "bablalblablalblabla"... ehheheeh

Enfim, já os gatos eu sei que não estão nem aí.

sexta-feira, 7 de abril de 2006

Sobre literatura...?

Construir uma obra literária, escrever um livro, isso já é por si só uma coisa tão difícil... e ainda ter que ficar explicando?? Já fiz minha parte! Está pronta a obra! Agora entendam como puderem! Se eu tenho que explicar ou é porque escrevi mal, ou porque o leitor não se esforçou ou não teve criatividade para entender sozinho... De qualquer forma, não gosto de explicar minha literatura.

...
parafraseando um escritor durante uma entrevista, não lembro quem era...